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“Tive que me desconectar completamente das redes sociais porque, assim que olho para elas, posso passar horas do meu dia”, diz Lily Allen

Uma das principais artistas lançadas através da internet, Lily Allen precisou se afastar das redes sociais para tratar de uma recentemente descoberta por ela: o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Em entrevista ao The Times, a cantora britânica de 37 anos disse que foi diagnosticada recentemente com o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade


“Tive que me desconectar completamente das redes sociais porque, assim que olho para elas, posso passar horas do meu dia”, afirmou um artista em entrevista publicada no sábado (1º).


Se a revelação da pop star pegou seu público de surpresa, o diagnóstico, por outro lado, parece não ter ficado com a artista. “Isso meio que corre na minha família. E (o diagnóstico) é apenas porque estou nos Estados Unidos, onde eles levam essas coisas um pouco mais a sério do que na Inglaterra”, revelou.

Apesar de ser mais comum em crianças de até 12 anos, o TDAH pode ser concebido também em adultos. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 60% das crianças e adolescentes com o transtorno entrarão na vida adulta com pelo menos alguns dos sintomas de desatenção e hiperatividade.



Entenda o que é o TDAH

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) está relacionado a alterações de início precoce no desenvolvimento, que podem cursar com atrasos na capacidade do indivíduo de se relacionar em contextos pessoais ou sociais, além de escolar e profissional.

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o número de casos de TDAH varia entre 5% e 8% a nível mundial. Estima-se que 70% das crianças com o transtorno apresentam outra comorbidade e pelo menos 10% apresentam três ou mais comorbidades.

Ainda segundo a ABDA, no Brasil, cerca de 2 milhões de adultos sofrem os sintomas do TDAH, especialmente aqueles que não são internados.

O TDAH pode estar relacionado a fatores genéticos e familiares, como explica Luiz Augusto Rode, professor titular de psiquiatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

“O TDAH tem um forte componente genético, então não é incomum que o pai leve o filho para a consulta e comece a se identificar com os questionamentos levantados pelo médico. Em torno de 30% das crianças diagnosticadas vão ter um ou ambos os pais com o transtorno”, afirma Rode, em comunicado do Ministério da Saúde.

O psiquiatra avalia que ao longo dos anos houve um aumento no diagnóstico do transtorno, mas não dos casos.

“As pessoas que têm TDAH estão sendo mais reconhecidas, mais acolhidas dentro dos serviços de saúde e educacional. Estamos lidando melhor com rótulos antigos que esse público recebia e acabavam não encontrando diagnóstico e tratamento adequado”, pontuou.

O diagnóstico para TDAH é realizado de modo clínico, a partir de consulta com médico especializado, podendo contar com o suporte de escalas e testes específicos.

“Todo mundo, em alguma situação de maior estresse ou similar, vai ter algum nível de desatenção e manter. O que deve chamar a atenção dos pais e responsáveis ​​é quando essa desatenção, hiperatividade ou impulsividade são intensas. É a característica predominante do indivíduo e que causa prejuízos”, completou Rode.

qualidade de vida

Sintomas como desatenção, hiperatividade e impulsividade são comuns em pessoas que vivem com TDAH. A condição, que pode ser grave, é definida a partir de um padrão crônico e persistente de comprometimento, afetando a qualidade de vida no contexto afetivo, nas relações sociais, no ambiente acadêmico e no trabalho.

O quadro pode variar de uma pessoa para outra, incluindo dificuldade de se organizar, planejar, administrar o tempo, lembrar de dados e compromissos importantes, entre outros.

Nesse contexto, sentimentos de insegurança, falta de capacidade, impotência e fracasso podem estar associados à sensação de limitação imposta pelo transtorno.

Além de benefícios à parte cognitiva, as pessoas com TDAH podem ter quedas de rendimento e desempenho pessoal devido a questões como falta de habilidade social, de resolução e enfrentamento de problemas, de gerenciamento do tempo e de dinheiro e da capacidade de se organizar e de se plano.

A Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) afirma que o TDAH do adulto é uma continuação do transtorno na infância. O indivíduo pode crescer sendo rotulado e criticado, criando uma autoimagem negativa.

A dificuldade de manejar os sintomas, como distração, esquecimento e dificuldade de organização, pode causar estresse em casa e no trabalho.

O tratamento para adultos pode incluir medicamentos, psicoterapia, treinamento ou uma combinação de terapias.

Os medicamentos eficazes para o TDAH infantil são úteis para adultos. Técnicas de gerenciamento comportamental podem ser úteis.

Nesse contexto, trabalhar com treinador, formal ou informalmente, é uma possibilidade. Além disso, o aconselhamento de saúde mental pode oferecer o apoio necessário para adultos que lidam com o TDAH e familiares.

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