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Convocada por Bolsonaro, a manifestação é pacífica, e critica a perseguição ao ex-presidente, alvo recente da Tempus Veritatis, que investiga os nomes por trás dos atos de 8 de janeiro de 2023

Centenas de milhares de pessoas vestidas com camisetas verde e amarelo lotam a Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (25) em manifestação de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaro chegou ao evento emocionado e chorou ao ver a quantidade de manifestantes enquanto se deslocava para o carro de som onde ocorrem os discursos.

Por volta de 15h, a multidão ocupava todas as pistas e calçadas da avenida em quase toda a sua extensão. O carro de som onde ocorrerão os discursos está posicionado próximo ao museu MASP (Museu de Arte de São Paulo). Há um grande número de policiais no local e a chegada dos manifestantes ocorre de maneira ordeira e tranquila. Não há controle de acesso à região e muitos manifestantes estão pedindo para tirar fotos com os policiais.

Os manifestantes estão entoando gritos como “eu vim de graça” e “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. Michelle Bolsonaro abriu o ato agradecendo a Deus pela presença da multidão.

Bolsonaro e seus aliados vêm pedindo nos últimos dias que os participantes não levem cartazes para fazer ataques a autoridades públicas. O receio é que o STF (Supremo Tribunal Federal) use eventuais mensagens para fazer novas acusações contra Bolsonaro.

O senador Flávio Bolsonaro afirmou em sua conta no X (Twitter) que algumas pessoas exibindo cartazes. “Já observamos alguns infiltrados na multidão que estão desrespeitando a orientação. Estamos de olho”, afirmou.

A maior parte das pessoas presentes usam camisetas da seleção brasileira e portam bandeiras do Brasil. Alguns também portam bandeiras de Israel, como o motorista Ivan Almeida, de 55 anos. “Israel é de direita e é um país bíblico, do povo de Deus, por isso estou com a bandeira de Israel. Vim de Brasília pelos ideais de família e patriotismo e por causa das pessoas que estão sendo presas injustamente pelos ministros do STF. Eu estive também na manifestação de 8 de janeiro”, afirmou.

Uma fala recente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparando a guerra travada por Israel contra terroristas do Hamas na Faixa de Gaza com as ações dos nazistas durante o Holocausto colocou a defesa de Israel na pauta da manifestação deste domingo. O embaixador israelense no Brasil, Daniel Zonshine, chegou a ser convidado para o protesto pelo advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, mas decidiu não participar para não agravar a crise diplomática.

“Vim para essa manifestação para lutar para termos um pouco mais de liberdade no país. Os brasileiros estão tendo as pernas amputadas por perder o direito de fazer manifestações, de pensar e de se expressar. Mesmo que a gente pense diferente temos que respeitar uns aos outros”, afimrou o mecânico Paulo de Moraes, de 48 anos.

“Este ato demonstra de que lado o povo está. Estamos em um governo lotado de corrupção, o povo sofrendo, impostos aumentando. É necessário dar um basta e nada melhor que uma forma democrática, que é uma manifestação do povo, uma manifestação pacífica”, disse o deputado federal Coronel Telhada (PP-SP).

O deputado estadual Major Meca está no ato e afirmou: “Quando o bem se levanta, o mal começa a se perturbar. Este ato é pra mostrar que a direita, o conservadorismo, estão vivos no Brasil. Nós estamos mais fortes do que nunca, estamos ao lado do presidente Jair Bolsonaro, pois ele é um político honesto, é um gestor honesto e nós confiamos nele”, afirmou.

 


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